Abstract

Este trabalho avaliou o albedo (αs) e a temperatura de superfície continental (Tsup) provenientes de sensoriamento remoto, e a temperatura do ar (Tar) medida in situ no intuito de caracterizar a Ilha de Calor Urbana (ICU) na cidade de Londrina (Paraná). Foram utilizados dados de αs e Tsup obtidos do sensor MODIS, e medições in situ de Tar realizadas entre junho e agosto de 2011 por sensores meteorológicos instalados em 13 locais na cidade. Os dados de αs e Tsup foram utilizados para calcular um índice de urbanização (IU) na região e posteriormente comparado com Tar. A análise dos dados de αs e Tsup foi consistente com as medições in situ, evidenciando sua aplicabilidade na avaliação espaço-temporal de fenômenos acoplados continente-atmosfera, tais como a ICU. A mancha urbana da cidade de Londrina apresentou valores de IU compreendido entre 18 e 20, bem maiores que as áreas mais vegetadas (14 - 16). Nesse sentido, o IU demonstrou-se ser uma metodologia útil para representar a evolução espaço-temporal de áreas urbanas, o que pode propiciar uma avaliação detalhada do impacto da mudança de cobertura de solo no clima local e regional. Além disso, os resultados indicam que dados obtidos via satélite podem auxiliar grandemente na quantificação da ICU, quando dados in situ estiverem indisponíveis.

Highlights

  • USE OF REMOTE SENSING TO RETRIEVE SURFACE ALBEDO AND LAND SURFACE TEMPERATURE IN LONDRINA (PARANÁ): A CONTRIBUITION TO URBAN HEAT ISLAND STUDIES This study retrieved surface albedo and land surface temperature Tsur using remote sensing data in order to provide information for studies of Urban Heat Island (UHI) in the city of Londrina (Paraná)

  • A principal causa da formação de Ilha de Calor Urbana (ICU) é a alteração do balanço de energia nas duas camadas principais do ambiente urbano: camada do dossel urbano e camada limite urbana (Oke, 1973, 1982)

  • Os diversos processos físicos provenientes das atividades urbanas que ocorrem próximo à superfície são misturados na camada limite urbana (CLU)

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Summary

INTRODUÇÃO

Segundo o Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (UN-PD, 2007), entre 1950 e 2010 a proporção da população brasileira vivendo em áreas urbanas passou de 36,2 % para 86,5%. Os sensores remotos são mais adequados para avaliar a ICU diurna, uma vez que capturam a temperatura e outras características físicas (tais como albedo e emissividade) de um conjunto de superfícies heterogêneas dentro da área urbana, como, por exemplo, telhado, vegetação, pavimento, solo exposto e corpos de água, a partir da resposta espectral destas superfícies. Uma das limitações da abordagem empregada nas metodologias de medição in situ diz respeito à resolução espacial das análises, que não conseguem identificar as heterogeneidades observadas nas intensidades de ICU em diferentes locais dentro da cidade, decorrentes dos diferentes tipos de uso do solo das áreas urbanas (Upmanis et al, 1998; Unger, 2004; Jin, 2012). Adicionalmente, o índice de urbanização proposto por Jin et al (2005) será aplicado sobre o domínio de estudo, no intuito de fornecer um mapeamento urbano para a distinção sistemática de áreas urbanas e rurais, o que facilitaria estudos futuros da ICU

Medições de temperatura do ar in situ
Albedo de superfície a partir de sensoriamento remoto
Temperatura de superfície a partir de sensoriamento remoto
Índice de urbanização
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
Findings
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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