Abstract

O objetivo neste trabalho foi verificar o efeito do estrógeno exógeno em fase precoce do ciclo estral na indução do estro e na dinâmica ovariana de vacas leiteiras. Considerando que a PGF2α não regride o corpo lúteo com menos de cinco dias após o estro, uma das alternativas para a redução do intervalo estral no início do ciclo seria o uso do estrógeno. Foram utilizadas 16 vacas mestiças Holandês-Zebu ciclando regularmente, sem qualquer alteração clínica ou reprodutiva. As vacas foram incluídas ao acaso nos respectivos tratamentos. Oito delas receberam 2,5 mL de cipionato de estradiol no primeiro dia do ciclo estral e oito não receberam (controle). A manifestação de estro foi monitorada visualmente. Os exames ultrassonográficos foram realizados diariamente pela manhã, iniciando no dia do estro. As coletas de sangue para as dosagens de progesterona tiveram início no dia do estro. Os animais que receberam estrógeno no primeiro dia após o estro natural manifestaram os sinais característicos de estro (psíquicos, útero túrgido e muco abundante) um dia após a aplicação. Essa redução do intervalo de estro para apenas dois dias pode favorecer a eliminação de bactérias do útero (quando presentes), aumentando a eficiência reprodutiva. Excetuando o dia da emergência da primeira onda folicular, todas as outras variáveis estudadas (número e comprimento de ondas, características dos folículos dominantes e subordinados, assim como os parâmetros relacionados ao corpo lúteo) não foram afetadas pela aplicação de estrógeno um dia após o estro. A aplicação de cipionato de estradiol em vacas mestiças um dia após o estro natural promove o aparecimento de sinais de estro dois dias após o estro natural mas não afeta as características do ciclo estral subsequente.

Highlights

  • O sucesso da bovinocultura leiteira está relacionado, em grande parte, à eficiência reprodutiva, pelo seu efeito direto na produção de leite e bezerros (Ferreira & Sá, 1987)

  • As infecções uterinas representam um dos principais fatores de infertilidade e/ou esterilidade em vacas leiteiras, contribuindo para o alongamento do intervalo de partos (Ferreira & Sá, 1987)

  • Partindo da premissa de que a redução do intervalo de estros é indicada como eficiente tratamento de infecções uterinas em vacas com atividade luteal cíclica, segundo Ferreira (1980) e Dhaliwal et al (2001), e que a aplicação de estrógeno um dia após o estro natural de bovino provocou o comportamento de estro dois dias após o estro natural, sem afetar as características do ciclo estral subseqüente, deduz-se que esse procedimento pode ser recomendado para esse tipo de patologia em substituição ou associado ao que é amplamente preconizado atualmente, ou seja, a aplicação de PGF2α 6 a 7 dias após o estro

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Summary

Revista Brasileira de Zootecnia

Utilização de estrógeno exógeno no início do ciclo estral em vacas leiteiras mestiças José Rogério Moura Almeida Neto, Eduardo Paulino da Costa, Ademir de Moraes Ferreira, Wanderlei Ferreira de Sá3, Giancarlo Magalhães dos Santos, Rafael José Otero. Considerando que a PGF2α não regride o corpo lúteo com menos de cinco dias após o estro, uma das alternativas para a redução do intervalo estral no início do ciclo seria o uso do estrógeno. By considering that PGF2α does not regress the corpus luteum in less than five days after the estrus, an alternative for the reduction of the estrus interval in the beginning of the cycle would be the use of estrogen It was used 16 Holstein-zebu crossbred cows cycling regularly, without any clinical or reproductive alterations. Como a PGF2α não regride o corpo lúteo com menos de cinco dias após o estro (Vasconcelos, 2000; Moore & Thatcher, 2006), uma das alternativas para a redução do intervalo estral no início do ciclo seria o uso do estrógeno. O objetivo neste trabalho foi verificar o efeito do estrógeno exógeno, em fase precoce do ciclo estral, de vacas leiteiras, na indução do estro e na dinâmica ovariana

Material e Métodos
Resultados e Discussão
Dia da detecção onda
Tratado Controle
Dia do ciclo estral
Folículo dominante
Característica dos folículos subordinados
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