Abstract

O objetivo principal do presente escrito é discutir o uso neoliberal – tendência reativada pela dinâmica atual do capitalismo – do território brasileiro, não somente ampliando, mas, ao mesmo tempo, agravando a condição de condenados/as da terra às pessoas pertencentes aos povos indígenas, africanos escravizados, ribeirinhos e seus descendentes. À luz da abordagem crítica da geografia, a qual estuda a sociedade pela categoria território usado permanentemente no âmbito do processo histórico global, utilizamo-nos, notadamente, dos procedimentos metodológicos da revisão da literatura e da superposição de cartas elaboradas para representar os fenômenos ora tratados, em sua transversalidade. Esta escolha aconteceu em função da sua pertinência para compreender o espaço como uma totalidade complexa em permanente movimento histórico. A continuidade da colonialidade do poder e do saber, calcada no eurocentrismo, tem contribuído para a manutenção das injustiças e desigualdades sociais no tempo-espaço brasileiro, condenando as referidas pessoas à condição de subcidadania e de negação, não obstante as conquistas sociais em termos de emancipação ocorridas no curso do movimento histórico. Contudo, a sociedade civil tem-se aproveitado das brechas no sistema capitalista colonial-moderno-racista, algumas das quais ficam e/ou são abertas pelos/as próprios/as condenados/as da terra no sentido de r-existirem na busca da construção de uma outra racionalidade capaz de resgatar a humanidade perdida.

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