Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da técnica de confusão sexual, com o feromônio sexual sintético composto (Z)-11-hexadecenal (Z11-16: Ald) a 1,8% e (Z)-13-octadecenal (Z13-18: Ald) a 1,8%, no controle da população de traça-dos-cachos, Cryptoblabes gnidiella (Lepidoptera: Pyralidae), em cultivares de videiras (Vitis vinifera) destinadas à produção de vinhos. Os experimentos foram realizados em duas localidades na região do Vale do São Francisco, em áreas comerciais de produção de uva para processamento, com as cultivares Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Tempranillo e Chenin Blanc. Os tratamentos avaliados foram os seguintes: confusão sexual com uso de liberadores Splat ("specialized pheromone and lure application technology"), aplicados com pistola manual a 500 pontos por hectare (2 g por ponto); e testemunha sem aplicação. O efeito da técnica sobre os adultos de C. gnidiella foi avaliado com uso de armadilha tipo Delta, iscada em um septo com 2 g de feromônio sintético da mesma formulação. Os danos nos cachos foram avaliados à colheita. O uso da técnica de confusão sexual reduziu a captura de adultos de C. gnidiella em mais de 59% na 'Tempranillo', 68% na 'Chenin Blanc', 80% na 'Cabernet Sauvignon' e 97% na 'Petit Verdot'. À época da colheita, os danos nos frutos foram reduzidos de 65 a 100% nas áreas tratadas. O feromônio sexual sintético é eficaz para reduzir o acasalamento de C. gnidiella em vinhedos, com o uso da técnica de confusão sexual.
Highlights
A traça‐dos‐cachos da videira, Cryptoblabes gnidiella (Millière, 1867) (Lepidoptera: Pyralidae), é uma espécie polífaga (Singh & Singh, 1997), nativa da região Mediterrânea (Scatoni & Bentancourt, 1983)
O uso da técnica de confusão sexual consiste em saturar o ambiente com o odor da fêmea, o que interfere ou bloqueia a comunicação olfativa entre parceiros sexuais
Para a avaliação de danos, utilizou-se como variável resposta (y) o número de cachos com ovos e lagartas ou com danos e, como variável explicativa (x), os tratamentos
Summary
O trabalho foi realizado em áreas de produção comercial de uva para processamento, na região do Submédio do Vale do São Francisco, implantadas com o sistema de espaldeira e mantidas com manejo convencional. Para cada uma dessas áreas e cultivares, foram avaliados dois tratamentos, um sem aplicação de feromônio (testemunha) e outro com aplicação do feromônio sexual sintético. Em cada área e em cada tratamento, foram usadas três armadilhas modelo Delta de cor branca, iscadas com um septo com feromônio sexual sintético de C. gnidiella (2 g). Para avaliar o dano causado pelo inseto à colheita, foram avaliados 500 cachos de uva de cada tratamento, com cinco repetições de 100 cachos cada. A variável resposta (y) correspondeu ao número de insetos capturados por armadilha, e a variável explicativa (x), aos tratamentos (confusão sexual e testemunha). Para a avaliação de danos, utilizou-se como variável resposta (y) o número de cachos com ovos e lagartas ou com danos e, como variável explicativa (x), os tratamentos (confusão sexual e testemunha). A percentagem de redução de danos foi calculada pela fórmula de Abbott (1925)
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