Abstract
Esta pesquisa foi desenvolvida, utilizando 15 vacas lactantes (Holandês x Gir) alimentadas à vontade com rações isoprotéicas constituídas de 60% de silagem e 40% de concentrado na matéria seca (MS) e 0; 0,7; 1,4; e 2,1% de uréia, correspondentes aos teores de 2,08; 4,01; 5,76; e 8,07% de proteína bruta na forma de compostos nitrogenados não-protéicos (NNP), com os objetivos de desenvolver metodologia não-invasiva, para estimar a produção de proteína microbiana, utilizando-se a excreção total de derivados de purinas (DP); avaliar as concentrações de creatinina, uréia e N-uréia no plasma e no leite; e comparar as excreções de DP e uréia obtidas a partir de coletas de urina total e spot. Os animais tinham peso vivo médio inicial de 511,8 kg e foram distribuídos ao acaso entre tratamentos. O período experimental teve duração de 90 dias para cada vaca, iniciando-se imediatamente após o parto. Os resultados obtidos foram avaliados estatisticamente por análises de variância e de regressão. As amostras de urina foram obtidas a partir de coletas com 24 horas de duração ou a partir de amostra de urina obtida aproximadamente 4 horas após a alimentação (urina spot), enquanto as de sangue foram obtidas 4 horas após o fornecimento do alimento. As concentrações de uréia e N-uréia no plasma e leite, assim como a excreção de creatinina, que apresentou valor médio de 23,60 mg/kg PV, não foram afetadas pela adição de quantidades crescentes de NNP à ração. As excreções urinárias de uréia, alantoína, ácido úrico e DP, as purinas absorvidas e a produção de N microbiano não foram influenciadas pela dieta. As excreções diárias estimadas de uréia, alantoína e ácido úrico seguiram o mesmo padrão obtido pela coleta de 24 horas de duração. Amostra spot de urina foi capaz de estimar satisfatoriamente a excreção de DP e, subseqüentemente, a produção de N microbiano.
Highlights
This research was carried out, using 15 dairy cows (Holstein x Gyr) full fed isoproteic diets with 60% silage and 40% concentrate in the dry matter (DM) basis and 0, 0.7, 1.4, and 2.1% urea correspondent to 2.08, 4.01, 5.76, and 8.07% of crude protein levels in the form of non protein nitrogen compounds (NNP), with the objectives to a non invasive methodology, to estimate the microbial protein production, using the total excretion of purine derivatives (PD); to evaluate the concentrations of creatinine, urea and N-urea in the plasma and in the milk; and to compare the PD and urea excretions obtained from total urine and spot collections
The urine samples were obtained from 24-h collections or from urine sample obtained, approximately, four hours post feeding, while the blood samples were obtained four hours post feeding offer
The urinary excretions of urea, allantoin, uric acid and PD, the absorbed purines and the microbial N production were not influenced by dietary NNP levels
Summary
O local, as instalações, os constituintes e a composição das rações, o manejo e o delineamento experimental foram descritos por SILVA et al (2000). Posteriormente, foram armazenadas a -20oC até serem submetidas à determinação de creatinina, uréia, alantoína e ácido úrico. As amostras de leite desproteinizadas foram acondicionadas em vidros com tampa e armazenadas a -20oC até o momento de serem submetidas à determinação de uréia e alantoína. Esse volume foi utilizado para calcular as excreções estimadas diárias de uréia, alantoína e ácido úrico de cada animal, que foram comparadas com as obtidas a partir de coletas de urina de 24 horas de duração. As purinas microbianas absorvidas (X, mmol/dia) foram calculadas a partir da excreção de derivados de purinas (Y, mmol/dia), utilizando a seguinte equação (Verbic et al, 1990, citados por CHEN e GOMES, 1992): Y= 0,85X + 0,385PV0,75, em que 0,85 é a recuperação de purinas absorvidas como derivados de purina na urina e 0,385PV0,75 representa a contribuição endógena para a excreção de purinas.
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