Abstract

This article focuses on the process of urbanization and growth in the city of Juiz de Fora in the Brazilian state of Minas Gerais during the transition from the nineteenth to the twentieth century. We problematize the relationship between this process, marked by a developmentalist and elitist ideology, and the construc-tion of the political-criminal and punitive framework in the municipality. Based on the dialogue between his-torical studies on the city and the theoretical frameworks of critical criminology, we observe the bonds connecting the processes of urbanization and development and the punitive economy during the period under study, along with the social and criminal impacts throughout the course of the city’s history.

Highlights

  • O trabalho privilegia, do ponto de vista metodológico, a pesquisa com fontes bibliográficas, submetidas a uma análise crítica

  • O avanço do movimento abolicionista, marcado por leis de transição e, finalmente, pela Lei Áurea (BRASIL, 1888), trouxe consigo o aumento do “medo branco”, visto a crescente preocupação com o cometimento de crimes por escravos recém libertos

  • As contradições e complementaridades nas leis urbanas de Juiz de Fora: dos planos aos projetos de intervenção

Read more

Summary

Homens Mulheres Total

Posteriormente, em meados da década de 1860, por meio da Lei Provincial n.o 1.262, de 19 de dezembro de 1865, o município de Paraibuna passou então a ser chamado de Juiz de Fora. Conforme Guimarães (2001a), a situação dos escravos na região de Juiz de Fora era marcada pela intensa exploração e punições corporais cada vez mais severas, além de epidemias que assolavam a cidade à época e atingiram sobejamente os corpos negros fragilizados. Essas políticas funcionavam como mecanismos de controle social, pois ao mesmo tempo em que moldavam o cotidiano dos negros de forma a tornar latente a diferença entre aqueles que conviviam no interior das senzalas dia a dia, os proprietários criavam ambiência para a emergência de conflitos, de modo que estes fragmentassem o grupamento cativo, facilitando o controle por parte daqueles. Os conflitos persistiram como forma de transposição de sua subjetividade, sendo diversas vezes influenciado pelos senhores, tendo sido os crimes de sangue[4] os de maior incidência nos processos criminais da época: Tabela 1 – Crimes praticados por escravos em Juiz de Fora (1850-88)

TOTAL POR DÉCADA
Considerações Finais
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call