Abstract

O artigo tem por objetivo desenvolver uma crítica à noção de modernidade ou racionalismo moderno apresentada em teorias da modernidade contemporâneas, marcada pela ideia de uma autonomia e de uma autossuficiência da razão no que tange à fundamentação de uma noção vinculante de universalismo epistemológico-moral, criticando-se a percepção, própria a essas teorias, de que o racionalismo profano e secularizado, concebido como uma perspectiva imparcial, neutra, formal e impessoal em termos axiológico-metodológicos, seja suficiente para garanti-lo, sem necessidade da religião e da metafísica. Com isso, seu segundo objetivo consiste em argumentar em favor de um universalismo político-religioso que aponta para a incapacidade dessa noção purista e independente de razão em gerar e sustentar, sem o próprio trabalho de fundamentação e de aplicação metafísico-religioso, um conteúdo universal de direitos humanos. O trabalho escora-se em revisão bibliográfica de teorias da modernidade contemporâneas, a partir de uma crítica a seu pressuposto central, a autonomia, a autorreferencialidade e a autossuficiência da razão relativamente à religião e à metafísica, propondo, como conclusão, a necessária correlação de razão e religião-metafísica como o caminho e conteúdo do universalismo epistemológico-moral.

Highlights

  • This paper has two main purposes, the first is to develop a criticism on the notion of modernity, or Western rationalism, presented in contemporary theories of modernity, characterized by the idea of autonomy and self-sufficiency of reason regarding the foundation of a binding notion of social normativity

  • Essa sua condição a alça a paradigma basilar para a crítica, a justificação e o enquadramento tanto do culturalismo quanto do pluralismo, de modo a periferizar as formas de vida culturais em suas particularidades enquanto geradores, desde si mesmas e por si mesmas, de perspectivas universalistas

  • Em verdade, seria a condição sine qua non para a justificação do campo do político e, por conseguinte, para a aceitação de uma teoria fundamentalmente política da democracia, a saber, que ela seja independente (mas não necessariamente contraposta) às fundamentações essencialistas e naturalizadas, às religiões institucionalizadas e universalistas

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Summary

Introduction

This paper has two main purposes, the first is to develop a criticism on the notion of modernity, or Western rationalism, presented in contemporary theories of modernity, characterized by the idea of autonomy and self-sufficiency of reason regarding the foundation of a binding notion of social normativity.

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