Abstract

O presente artigo objetiva abordar a questão de uma temporalidade feminista no texto “Unexpected Turns” de Griselda Pollock. Para tanto, é apresentada a trajetória intelectual da historiadora da arte, suas relações com a teoria e a prática feminista, e em como ao longo de sua obra foi tecida a questão do cânone. Em seguida, é apresentada a questão evidenciada por Pollock: como uma historiografia da arte feminista poderia se beneficiar com uma escrita outra, sem a adoção de esquemas evolutivos. Ancorada sobretudo no historiador da arte Aby Warburg e em três conceitos de sua autoria, Nachleben, Pathosformeln e o seu Atlas Mnemosyne, Griselda Pollock propõe uma virada inesperada. No presente artigo, também são esmiuçadas as relações postas pela autora em conjunto com Walter Benjamin e Georges Didi-Huberman e suas ponderações sobre o tempo na história e na arte. Se a práxis feminista está inscrita em um devir sem fim, longe de ter sido encerrado, uma história da arte feminista poderia voltar-se à temporalidade da política, inscrita em um modelo de tempo heterogêneo e dialetizado.

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