Abstract

Este artigo analisa a trajetória no Real Serviço de João Pereira Caldas, conhecido na historiografia como o governador responsável pela organização administrativa do Piauí. Antes, porém, de considerar a atuação do jovem militar minhoto, o artigo apresenta seus traços biográficos, relações familiares e conexões na Corte por - aspectos essenciais na análise do recrutamento dos administradores coloniais. Em seguida, são abordados os deslocamentos de Pereira Caldas, que foi ainda governador e capitão-general do Estado do Grão-Pará e Maranhão e comissário do Tratado de Santo Ildefonso. Encerrou sua carreira no Conselho Ultramarino. Mas, na prática, a nomeação representou apenas mais uma distinção, não tendo resultado em participação efetiva nas decisões do Conselho. À luz do mecanismo de serviço e remuneração, tais percursos são apreciados levando-se em conta fatores como a experiência adquirida por Pereira Caldas, a repercussão de seus préstimos em Lisboa e as relações políticas e pessoais que o mantiveram atuante nas conquistas do Norte.

Highlights

  • No âmbito das conquistas ultramarinas e, especialmente, no conjunto dos governantes que nelas atuaram, este artigo privilegia o Estado do Grão-Pará e Maranhão, uma unidade administrativa criada no período pombalino ainda pouco explorada do ponto de vista do recrutamento, das experiências e das remunerações dos préstimos dos seus governadores

  • Foram realçados os préstimos da parentela do comissário quando o mesmo andava na casa dos 37 anos, privado da companhia paterna: Já então se queixava o mais rico de todos os reis, de serem a seu ver tão insignificantes os prêmios que possuía para dignamente coroar os trabalhos do ilustríssimo senhor Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, (...) brigadeiro dos seus exércitos e governador do Maranhão

  • Restou apenas um aviso de José de Seabra da Silva, de 27 de março de 1794, sobre a concessão de uma licença de dois meses ao conselheiro, provavelmente por motivo de doença.[65] Nesse sentido, a mercê da nomeação para o Conselho Ultramarino limitou-se ao reconhecimento da Coroa da experiência adquirida pelo militar na América portuguesa, que poderia ser útil na apreciação de consultas encaminhadas àquela instância metropolitana

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Summary

Introduction

No âmbito das conquistas ultramarinas e, especialmente, no conjunto dos governantes que nelas atuaram, este artigo privilegia o Estado do Grão-Pará e Maranhão, uma unidade administrativa criada no período pombalino ainda pouco explorada do ponto de vista do recrutamento, das experiências e das remunerações dos préstimos dos seus governadores. Em um mapa dos governadores que atuaram no Estado do Maranhão, desde a sua criação até o ano de 1783, num campo denominado “apêndices em serviços e ações”, o mencionado feito foi assinalado como o mais significativo da trajetória de João Pereira Caldas.[29]

Results
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