Abstract

Resumo Aborda o debate estabelecido entre Sérgio Buarque e Gilberto Freyre, reconhecidos como ensaístas nos anos 1930, e a forma como se posicionaram sobre o tema no suplemento literário do Diário de Notícias. De uma parte, Holanda reverbera os debates desenvolvidos nos meios universitários e se alinha em defesa dos estudos acadêmicos, com o argumento de que eles renovavam a vida intelectual do país e rompiam com o ensaísmo. Por outro lado, ao defender seu projeto intelectual inaugurado com Casa Grande & Senzala, Freyre prossegue defendendo a forma ensaística como um padrão de cientificidade legítimo, bem como sugere que ela poderia inclusive renovar os estudos acadêmicos realizados em outros países. O artigo investiga o debate de modo a reconstruir as formas que ele ganhou no seu presente, buscando elaborar uma reconstrução genealógica da categoria ensaio exatamente no momento em que se constituía em critério de classificação negativo das narrativas sobre o Brasil.

Highlights

  • Em 15 de janeiro de 1950, o suplemento literário do jornal O Diário de Notícias publicou um texto de Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), intitulado “Ensaios ‘de’ ensaios ‘sobre’”.1 No texto, o autor se refere a um

  • This article deals with the debate between Sérgio Buarque and Gilberto Freyre — authors recognized as essayists in the 1930s — and the way they positioned themselves about this question in the literary supplement of Diário de Notícias

  • Holanda reverberates debates developed in the university circles and aligns himself in defense of academic studies, arguing that they could renew the intellectual life of the country and rupture with essayism

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Summary

Once again Sérgio and Gilberto

Resumo Aborda o debate estabelecido entre Sérgio Buarque e Gilberto Freyre, reconhecidos como ensaístas nos anos 1930, e a forma como se posicionaram sobre o tema no suplemento literário do Diário de Notícias. Holanda reverbera os debates desenvolvidos nos meios universitários e se alinha em defesa dos estudos acadêmicos, com o argumento de que eles renovavam a vida intelectual do país e rompiam. Ao defender seu projeto intelectual inaugurado com Casa Grande & Senzala, Freyre prossegue defendendo a forma ensaística como um padrão de cientificidade legítimo, bem como sugere que ela poderia inclusive renovar os estudos acadêmicos realizados em outros países. O artigo investiga o debate de modo a reconstruir as formas que ele ganhou no seu presente, buscando elaborar uma reconstrução genealógica da categoria ensaio exatamente no momento em que se constituía em critério de classificação negativo das narrativas sobre o Brasil.

Sérgio Buarque de Holanda e o adeus ao ensaio
Referências bibliográficas
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