Abstract

Apresenta-se uma leitura das relações entre a diversidade de gêneros angariados pela escritora luso-goense-moçambicana Ana Cássia Rebelo no livro Ana de Amsterdam e os temas abordados a partir de balizas teóricas como Agamben, Gumbrecht e Barthes. Metodologicamente, adotou-se a perspectiva indutiva. Conceitualmente, a leitura aqui exposta do livro foi conduzida pelas noções de “ética de si”, produção da presença e biografema. Do percurso, conclui-se que o tédio desacompanhado da angústia produzido pelo mundo contemporâneo incide sobre a narradora de modo tal que a obriga a tomar posição e expor sua intimidade de modo obsceno, construindo o “si” no mosaico formal e temático, derivado da relação entre o corpo como materialidade e a experiência subjetiva de leitura e escrita. ---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/abriluff.2017n19a426

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