Abstract
Este trabalho descreve como a lógica adultocêntrica, que há muito rege as relações escolares, pode comprometer a didática e suas metodologias, em especial o apostilamento. O aporte teórico se baseia no pragmatismo de Dewey e Peirce, fundamentando as análises das linguagens que se interpenetram na elaboração dos conteúdos. Abordam-se exercícios de uma apostila do 4.º ano do ensino fundamental, vendida em nível nacional, relativos às disciplinas de geografia e matemática. As asserções obtidas revelam que a experiência infantil foi pouco considerada, o que explica em parte o desinteresse das crianças pelos discursos pedagógico-científicos, tais como aparecem nas apostilas. Como resposta possível ao problema, propõe-se o encontro entre as subjetividades docente e discente.
Highlights
Uma Reflexão sobre Didática na Educação BásicaJohn Dewey, em uma de suas proposições mais significativas, com respeito à vida escolar, defende que o processo educativo deveria propor em tese a adequada interação da experiência da criança com a do adulto (Dewey, 1978, p. 47)
A Reflection about Didactics in K-12 Education: teaching and learning package in the 4th grade
Valeria a pena discutir a fundo as questões que sustentam o sucesso dessas tecnologias didáticas; as razões pelas quais a maioria dos professores as preferem; os motivos de êxito nos vestibulares e, em especial, uma indagação de natureza ideológica: ao lutarmos contra a adoção das apostilas, por parte da escola pública em geral, não estaríamos tirando das crianças vindas das classes desfavorecidas as chances de competir em condições menos desiguais com aquelas oriundas das classes mais abastadas? No limite, propor uma filosofia da experiência a fundamentar um projeto pedagógico, tal como fizemos neste escrito, na contramão do apostilamento, não seria na prática mais um modo de manter as desigualdades sociais? Como alertou Dewey, sem comprometimento e formação docentes, as chances dessa proposta naufragar seriam enormes
Summary
John Dewey, em uma de suas proposições mais significativas, com respeito à vida escolar, defende que o processo educativo deveria propor em tese a adequada interação da experiência da criança com a do adulto (Dewey, 1978, p. 47). O signo linguístico Trópico de Capricórnio, por não apresentar o aspecto indicial, garantia de existência, será para a mente infantil um símbolo degenerado de tipo abstrato, dado que possuirá apenas o caráter geral do objeto – uma linha que precisa imaginar – sem jamais ter com esta qualquer experiência. Não há como negar que há um momento em que, mesmo a experiência infantil sendo a geratriz dos signos, os códigos engendrados por estes vão se sofisticando de tal modo que sua ligação com a realidade externa, sensorial, se torna muito tênue; a linguagem volta-se para si mesma, os objetos incontáveis que representa mudam de espaço, deixam de ser externos, para se tornarem leis, o que não os impede de sempre encontrarem na experiência uma réplica indicial e icônica, concreta, se assim o desejar a mente interpretante.
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