Abstract
Neste artigo, sustento que o conjunto da obra de David Hume pode ser compreendido como expressão de uma reelaboração singular e original, a seu tempo, da tradição empirista que encontrou em John Locke seu principal artífice. Procuro identificar as particularidades e analisar os desdobramentos dessa concepção alternativa do empirismo naqueles que considero os três aspectos fundamentais do pensamento humeano: o entendimento, as paixões e a moral. Pretendo, ainda, com esta investigação, salientar o papel do empirismo humeano como um dos eixos integradores de seu projeto de construir uma ciência da natureza humana, desde a etapa orientada à cognição individual (o entendimento) àquelas cujo enfoque recai sobre a sociabilidade (paixões e moral).
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