Abstract

Este artigo objetiva descrever as construções “ter + particípio”, “tener / haber + particípio”, com o verbo no presente do indicativo, no português brasileiro (PB) e no espanhol. No PB, é consenso entre os linguistas da área dos estudos semânticos a inadequação da nomenclatura “pretérito perfeito composto”, atribuída a tal perífrase pela tradição gramatical. No espanhol, conforme a Real Academia Española (RAE), tener não é considerado um verbo formador de tempo composto (TC), mas sim de perífrase verbal. O TC é formado exclusivamente por haber. Entretanto, na RAE afirma-se que existe outra variante dialetal em que o verbo tener se aproxima do auxiliar do TC do PB. Busca-se defender, então, que os falantes da língua espanhola recorrem ao uso de tener em TC por ele ser capaz de expressar iteratividade, sentido esse que haber não expressa. Acredita-se, dessa forma, que tener esteja seguindo os passos de “ter” no processo de gramaticalização.

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