Abstract

Considerando que os surdos utilizam diferentes formas de comunicação, investigou-se se tal fator influenciaria a produção escrita de textos. Quarenta adolescentes surdos com perda auditiva profunda, alunos de 5ª à 7ª série do ensino fundamental foram igualmente divididos em dois grupos: usuários da LIBRAS e surdos oralizados. A partir de uma seqüência de gravuras, cada participante produziu uma história escrita que foi analisada quanto à qualidade da estrutura narrativa e quanto ao estabelecimento de cadeias coesivas. Os resultados mostraram que a coesão textual é um problema para os surdos, não havendo diferenças entre os grupos. Embora as produções apresentassem limitações quanto à estrutura narrativa, verificou-se que um maior número de surdos oralizados produzia histórias mais elaboradas do que os usuários da LIBRAS. As diferenças entre grupos e dificuldades encontradas são interpretadas a partir do pouco contato que os surdos têm com textos em seu cotidiano. Implicações educacionais são discutidas.

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