Abstract

Neste artigo, tomamos por base um conjunto de cerca de 150 construções oriundas do nome do atual presidente da república, a exemplo de “bolsonero”, “boçalnaro”, “bozonazi” e “bolsolão”. Nossa principal meta é mapear os processos envolvidos nessas cunhagens expressivas e observar se um novo tipo morfológico, denominado de splinter, porção não morfêmica recorrentemente usada em séries de palavras, vem-se disseminando também em bases antroponímicas. Pretendemos mostrar o teor opinativo dessas construções, vinculadas à chamada função expressiva de avaliação (Basilio, 1987), bem como analisar os vários casos de desconstruções vocabulares envolvendo tanto o prenome (“Jair” > “já ir”) quanto o sobrenome do referido presidente (“Bolsonaro” >> “bolso cheio”), denominadas, nesta ordem, de decomposição sublexical e falso cruzamento vocabular (Henriques, 2007). Corroborando Fauconnier e Turner (2002), concluímos que a produção de sentidos através da manipulação lexical tem relação direta com os três Is da mente: Identidade, Imaginação e Integração. Para descrever e formalizar os processos, fazemos uso da gramática de construções, sobretudo Goldberg (2005) e Booij (2010).

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