Abstract

Um útero é do tamanho de um punho (2012), de Angélica Freitas, apresenta lugares comuns do discurso sobre mulheres usando diferentes procedimentos. O livro obteve uma recepção significativa e a partir dele se articularam leituras que focalizaram tanto aspectos poéticos como políticos. Este artigo possui como interesse central o mapeamento de alguns dos desdobramentos e modos de funcionamentos deste livro em diferentes esferas: desde o contexto de sua própria produção e inquietações primeiras, até a percepção de como estabelece relações com outras produções contemporâneas. A proposta é refletir sobre o livro como uma máquina performática, seguindo as discussões de Aguilar e Cámara (2017). Trata-se de uma abordagem que pretende analisar os mais diversos signos que compõem o campo dos poemas permitindo por em discussão noções de literário, estético e político. Assim, este trabalho deseja impulsionar estudos sobre as políticas da poesia e da crítica, entendendo a literatura como campo expandido (KRAUSS, 1979) e buscando possibilidades e experimentações no método de crítica por meio de uma experiência de desierarquização dos signos. Portanto, incentiva-se a refletir sobre a forma com que os poemas circulam e impactam a sociedade promovendo outras configurações políticas.

Highlights

  • Um útero é do tamanho de um punho (2012), by Angélica Freitas, presents discursive commonplaces about women using different procedures

  • Propõe-se uma concepção de texto e de olhar para o texto considerando-o como uma rede de signos sem uma hierarquia

  • De maneira um tanto desordenada, a rede de signos entrelaçados no que se chama de poema ou de literatura, o que se encontra é, antes de mais nada, o potencial interventivo e criador de mundos da escrita ou, como dizem Deleuze e Guattari (1996), de cartografar “regiões por vir”

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Summary

Introduction

Um útero é do tamanho de um punho (2012), by Angélica Freitas, presents discursive commonplaces about women using different procedures. Enquanto Adelaide Ivánova comenta em sua resenha, “Como age, pensa e o que é uma mulher?”, os modos de produção do livro de Angélica Freitas, esta pode nos servir como um vestígio de algumas redes as quais esse texto pode esboçar.

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