Abstract

Este artigo persegue dois objetivos centrais. O primeiro consiste em indicar certa representação do segmento evangélico verificável na produção de conglomerados de mídia do país na última década, que concorreu para a generalização de imaginários em torno desta identidade religiosa. O segundo propósito é apontar como essas imagens recorrentes suscitaram um discurso reativo de mídias noticiosas evangélicas a respeito da imprensa secular, questionada em sua capacidade de vocalizar o interesse público. Baseado em ferramentas de Análise do Discurso, o artigo investiga conteúdos publicados entre 2007 e 2019 pela revista Época, pelo jornal Folha de São Paulo, pela revista Cristianismo Hoje e pelo site Gospel Prime. As conclusões apontam para a emergência de uma disputa pelo sentido do “público“ entre mídias seculares e religiosas, e para a crescente posicionalidade dos evangélicos frente à oferta da grande imprensa.

Highlights

  • This paper seeks to show a kind of representation of Evangelicalism by mainstream Brazilian press media outlets during the last decade, and how it has helped to build some ideas around that religious identity

  • Em um circuito discursivo alternativo ao da imprensa secular, ainda que não antagônico a ela, Cristianismo Hoje propunha aos evangélicos um lugar como público ao tratar as contradições próprias do pensamento desse grupo religioso como um atributo normal da vida social. (WARNER, 2002)

  • O ideal de afastamento das “coisas do mundo” se manifesta sob a forma de uma condenação dos conteúdos da mídia secular: personagens de novelas e programas de humor são apontados pelos entrevistados de modo contrastivo com suas próprias vidas, como referências pelas quais criticam a sociedade e seus vícios

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Summary

Introduction

This paper seeks to show a kind of representation of Evangelicalism by mainstream Brazilian press media outlets during the last decade, and how it has helped to build some ideas around that religious identity. Vimos que a imprensa secular brasileira não raramente nega aos evangélicos o status de público, ou seja, a possibilidade de ser parte de um mundo comum pela forma como o discurso endereça seus destinatários legítimos (WARNER, 2002).

Results
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