Abstract

In this article, I present Angolan writer José Eduardo Agualusa’s Nação crioula: A correspondência secreta de Fradique Mendes (1997) as a post-modern parody of the ctional character Fradique Mendes from Eça de Queirós’ A correspondência de Fradique Mendes (1900). Through parody, Agualusa creates historiographic metafiction meant to question the possibility of objective representations of reality, an issue central to post-modern aesthetics. I further propose that this questioning extends a discussion that is already suggested by Eça’s original text at the turn of the twentieth century, when concerns about the possibility of objective representations of reality also came to the fore.

Highlights

  • A epígrafe acima finaliza uma carta do personagem Fradique Mendes enviada a sua madrinha, Madame de Jouarre, desde Luanda, em julho de 1868.1 Esta é a terceira das cartas de Fradique que José Eduardo Agualusa “publica” em seu livro Nação crioula: A correspondência secreta de Fradique Mendes (1997)

  • Her research focuses on contemporary fiction in Portuguese and Spanish, Latin American literature, with articles published in Chasqui and Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea

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Summary

Entre a sofisticação e o cinismo

Uma óbvia repetição em Nação crioula é que, tal como em A correspondência, Fradique é construído para o leitor predominantemente através de suas cartas. Ainda várias instâncias do romance de Agualusa corroboram o caráter questionável do discurso de Fradique, sugerindo que muito do que ele diz não coincide com suas práticas, as quais são movidas mais por interesse pessoal do que por engajamento verdadeiro com causas sociais. Passados alguns meses, ele decide conceder alforria a seus servos, essa alforria é celebrada com uma grande festa, a qual é descrita nas cartas como um gesto generoso, como a sugerir que Fradique parece ter mais interesse em autopromoção do que propriamente em fazer justiça social. Esta trajetória de engajamento político na causa da abolição se revela ainda mais patética quando Fradique, depois de ser perseguido por um opositor durante uma viagem à Europa, acaba fazendo as pazes com o mesmo, bebendo em um bar de Paris, após ter salvo o seu opositor, na verdade sem querer, de um atropelamento. Sua trajetória fluida e ambígua, entre escrava e dona de escravos, oprimida e opressora, enfatiza mais uma vez a proposta de Nação crioula sobre a dificuldade de se captar uma realidade objetiva através da representação

Ambiguidade e hibridez multiplicadas
Uma outra narrativa
Obras Citadas
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