Abstract

O intento deste artigo é discorrer sobre o vocabulário do português falado cotidianamente pelos moradores da comunidade quilombola do Vale do Gurutuba, Minas Gerais, focando, especificamente, os casos de manutenção linguística, através da análise semântica das unidades lexicais. Investigou-se, no vernáculo em questão, a possibilidade da presença de aspectos lexicais detectados na língua portuguesa utilizada entre os séculos XIII e XV, apontando, além das questões estruturais, fatores históricos, sociais e geográficos como motivadores de tal conservação. O estudo fundamentou-se nos pressupostos teórico-metodológicos da Lexicologia, Lexicografia e da Linguística Histórica. Discutidas as estreitas relações entre o léxico do português falado pelos gurutubanos e seu universo natural, sócio-histórico e cultural, 254 (duzentas e cinquenta e quatro) unidade lexicais foram selecionadas e sistematizadas em fichas lexicográficas. A partir disso, investigou-se a presença daquelas unidades e das suas acepções em dicionários e pesquisas lexicográficas selecionados para o estudo comparativo desenvolvido. Com base na organização dos dados, as análises foram feitas e seus resultados revelaram que predomina a conservação de unidades lexicais no vocabulário do português falado pelos habitantes do Vale do Gurutuba.

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