Abstract

Os principais objetivos deste trabalho, são: (i) caracterizar, através de um estudo fonético-acústico, o /R/ vocalizado que ocorre em posição de coda silábica medial em dados de um informante natural do interior paulista e (ii) estabelecer comparações entre as ocorrências de /R/, do glide [j] e da vogal anterior alta [i], além das comparações entre [j] e [i], pois algumas das realizações de /R/ se aproximam, auditivamente, das realizações desses dois últimos segmentos. As amostras foram exploradas quanto à frequência dos três primeiros formantes (F1, F2 e F3). Para análise dos dados, o referencial teórico adotado foi o da Teoria Acústica de Produção da Fala, conforme Fant (1960), somado aos pressupostos da Sociolinguística. Como resultado, a análise dos dados mostrou que diante de vogais /e/ e /a/, há vocalização do /R/ e (ii) diante das vogais posteriores /ɔ/ e /u/, o /R/ não sofre o processo de vocalização e é produzido com retroflexão.

Highlights

  • This paper aims at (i) characterizing, in a acoustic-phonetic approach, the vocalized /R/ that occurs in medial syllabic coda position, based on data collected with one informant from the countryside cities in São Paulo state and (ii) contrasting occurrences of /R/, the glide [ ], the high vowel [ ]

  • É bastante provável que róticos tenham variantes silábicas ou que se apresentem coarticulados de várias maneiras a vogais contíguas

  • As referências feitas ao trabalho de Wiese (1996) serão baseadas na resenha da obra feita por Hall, T

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Summary

INTRODUÇÃO

Os róticos constituem a classe de sons do arquifonema1 /R/ e são representados, conforme o sistema ortográfico da tradição Greco-Romana, pela letrar. Além da menção feita por Melo, em A Língua do Brasil, Leite (2004) também fez referência à ocorrência do segmento aproximante palatal que ocorria como variante do /R/ que apresentava características da retroflexão em dados do interior paulista. Considerando a ausência de estudos específicos voltados para essa questão, propõe-se, neste trabalho, uma análise fonético-acústica de dados do interior paulista em que há, supostamente, vocalização do /R/ típico desse dialeto. Podem-se citar aquelas executadas por Cagliari (1981), Silva (1996, 2002) e Ferraz (2005).[8] Sendo assim, a realização de estudos como este poderá fornecer informações relevantes para a descrição/caracterização de aspectos fonético-acústicos do PB. Silva (1996) analisa dados de um informante paulistano e Silva (2001) trabalha com dados da região Sul do país (Paraná e Rio Grande do Sul), enquanto Ferraz (2005) lida com dados do interior do Paraná

Similaridades entre róticos e vogais e entre róticos e glides
Trata-se de
Processo de vocalização no PB
Características acústicas do glide
METODOLOGIA
Frequência dos formantes e análise estatística dos dados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
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