Abstract

Em 2002, um herpetoculturista identificou uma característica fenotípica única, o Brilho Coral (Coral Glow - CG), em um píton-bola (Python regius), e realizou cruzamento do indivíduo para produzir descendentes com aparência similar. Além disso, como os herpetoculturistas descobriram em seguida, o padrão de herança para esta característica não obedeceu a herança mendeliana simples esperada. Machos CG filhos de machos CG produziram principalmente machos CG e fêmeas tipo selvagem (WT), e machos CG produzidos a partir de fêmeas CG originaram principalmente fêmeas CG e machos WT. A hipótese atual para explicar essas observações é a de que CG é uma característica dominante incompleta ligada ao sexo sujeita a recombinação em um sistema de determinação sexual do tipo XX/XY em píton-bola. Apresentamos aqui dados que demonstram o padrão observado de herança e submetemos esses dados a uma análise de ligação. Observamos um valor de logaritmo de probabilidades (LOD) > 179,1, uma evidência de que o fenótipo CG e o fenótipo ligado ao sexo estão em um estado de desequilíbrio de ligação. Apesar de pesquisadores anteriores terem assumido que todas as serpentes exibem heterogamia feminina, os mecanismos de determinação sexual em jibóias e pítons não foram identificados, e uma revisão da literatura relevante revela que a hipótese de heterogamia masculina em Henophidia é consistente com observações adicionais publicadas. Oferecemos uma interpretação alternativa das descobertas dos estudos de caso passados, em que pesquisadores relataram ter confirmado a existência de indivíduos WW viáveis de Epicrates maurus e de Boa constrictor, e ainda discutimos as implicações da heterogamia masculina em Henophidia.

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