Abstract

O filme A vida secreta das palavras realça o caráter traumático do sofrimento e a função da fala. Nele, o corpo se apresenta como palco dos efeitos da experiência dolorosa. A experiência subjetiva do trauma, inapreensível e difícil de ser suportada, volta sempre ao mesmo lugar, mas escapa; encontrá-la é impossível, por isso o sujeito repete a tentativa, insistentemente. Nessa perspectiva, pensamos a clínica psicanalítica como lugar de ressignificação da experiência afetiva traumática e a fala metafórica como recurso terapêutico de simbolização. O objetivo deste artigo é apresentar o filme A vida secreta das palavras, articulando-o à repetição, no contexto da clínica psicanalítica, e à fala como recurso terapêutico, considerando as incidências do trauma no corpo. Tendo como referência o conceito psicanalítico de repetição, utilizaremos a teoria de Freud e de Lacan para fazer nossas reflexões. A partir do filme, apresentaremos o conceito de repetição, elaborado por Freud e por Lacan; situaremos a clínica psicanalítica como lugar da palavra, destacando a sua função metafórica, com o relato de uma observação clínica. Concluímos que a própria repetição porta a diferença, cabe ao analista intervir sobre ela, fazendo surgir a palavra, o que vai além do esvaziamento da tensão.

Highlights

  • The movie The Secret Life of Words emphasizes the traumatic nature of suffering and the function of speech

  • The objective of this paper is to present the movie The Secret Life of Words, linking it to repetition in the context of clinical psychoanalysis, and to speech as a therapeutic resource, considering the implications of trauma on the body

  • From the film, we present the concept of repetition, written by Freud and Lacan, and situate the psychoanalytic clinic as a place of the word, highlighting its metaphorical functions with a report of clinical observations

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Summary

Introduction

The movie The Secret Life of Words emphasizes the traumatic nature of suffering and the function of speech. Acaso e arbitrário são elementos de um mesmo conjunto, de modo que a repetição não pode ser pensada apenas como algo determinado, por um lado, ou pura dispersão, por outro. Quando sua paciente Emmy Von queixou-se a respeito de como lhe eram feitas as perguntas e reivindicou falar a seu modo, ele a acatou: “concordei com isso, e ela prosseguiu sem mais preâmbulos”

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