Abstract

Discute-se o processo de produção de narrativas sobre o conflito Mucker, que ocorreu entre 1868 e 1874, no contexto do processo imigratório germânico no sul do Brasil e, de forma mais particular, na Colônia Alemã de Sāo Leopoldo, Rio Grande do Sul. O conflito, de caráter messiânico, teve o protagonismo de sua líder, Jacobina Mentz Maurer, sobre quem recaiu toda a culpa dos fatos e acontecimentos que constituíram o enredo dessa história. A imagem construída e difundida sobre a líder dos Mucker é interpretada, nesse estudo, a partir da identificação e análise dos lugares de memoria, produzidos sobre o episódio, que procuraram contar uma determinada versão dos fatos, a partir da criação e nomeação de monumentos, praças, instituições e logradouros públicos, que contribuíram para a condenação moral dos Mucker, ao mesmo tempo em que celebrava a heroicizaçāo daqueles que lutaram contra os Mucker.

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