Abstract

Este trabalho trata dos objetivos da formação em ciências sociais (no linguajar dos documentos oficiais, “o perfil profissional do cientista social”) numa universidade fortemente voltada para as ciências agrárias. Nele retomo minha própria experiência como professor de antropologia num curso criado no final da década de 2000 na Zona da Mata Mineira. Embora o trabalho acadêmico tenha sido privilegiado como campo de atuação dos cientistas sociais, as atividades profissionais deles são hoje, aparentemente, mais diversificadas. Esse fato coloca sérios desafios ao ensino na graduação, sobretudo no que tange aos objetivos da formação nesse nível. Tais desafios parecem maiores após a relativa expansão do sistema universitário nas últimas duas décadas. Se, como é dito amiúde, a criação de novos cursos respondia à crescente demanda por profissionais qualificados na área, convém refletirmos: Como o ensino em nossos cursos se adéqua a tal exigência? Como responde à heterogeneidade e às expectativas de alunos e professores, especialmente após o aumento de pessoas oriundas de grupos historicamente excluídos da educação superior? Como esse cenário impacta nosso senso comum disciplinar acerca do que faz um cientista social?

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