Abstract

Resumo O avanço das forças produtivas apropriadas pelo capital, aliado ao contexto de transformação das relações socioculturais que abarcam as esferas da produção e do consumo, tem possibilitado a ascensão do fenômeno da uberização do trabalho, termo derivado da forma de organização da empresa Uber. Esse fenômeno tem sido usualmente associado aos negócios da denominada economia de compartilhamento e abre o debate acerca das especificidades das categorias estruturantes da acumulação capitalista que abarcam relações de trabalho virtualizadas. Neste artigo, buscamos lançar as bases teóricas para a defesa do seguinte argumento: a uberização do trabalho representa um modo particular de acumulação capitalista ao produzir uma nova forma de mediação da subsunção do trabalhador, o qual assume a responsabilidade pelos principais meios de produção da atividade produtiva. Partindo do aporte teórico marxiano, traçamos uma análise crítica acerca do fenômeno da uberização, que está intrinsecamente relacionado às inovadoras formas de gestão, enquanto, por outro lado, intensifica a precarização do trabalho.

Highlights

  • As an ontological category, labor is what differentiates human beings from other animals, and it is the determinant element of the various aspects of social life

  • The continuous development of the productive forces to carry out the valorization of value promote phenomena such as the relatively recent and worldwide observed ‘uberization of labor,’ a term that refers to the company ‘Uber,’ regarding its particular model of organization of labor

  • The company operates in urban transport and differs from other competitors in the segment because of elements such as affordable prices compared to conventional taxis; linking the route of the ride to the route indicated on the smartphone’s GPS; offers greater control capacity over the service provider; and payment for the transportation service directly to the user’s credit card

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Summary

Uberização do trabalho e acumulação capitalista

Resumo O avanço das forças produtivas apropriadas pelo capital, aliado ao contexto de transformação das relações socioculturais que abarcam as esferas da produção e do consumo, tem possibilitado a ascensão do fenômeno da uberização do trabalho, termo derivado da forma de organização da empresa Uber. Esse fenômeno tem sido usualmente associado aos negócios da denominada economia de compartilhamento e abre o debate acerca das especificidades das categorias estruturantes da acumulação capitalista que abarcam relações de trabalho virtualizadas. Buscamos lançar as bases teóricas para a defesa do seguinte argumento: a uberização do trabalho representa um modo particular de acumulação capitalista ao produzir uma nova forma de mediação da subsunção do trabalhador, o qual assume a responsabilidade pelos principais meios de produção da atividade produtiva.

Uberización del trabajo y acumulación capitalista
INTRODUCTION
CAPITALIST ACCUMULATION
CONTEXT OF UBERIZATION OF LABOR
THE MOVEMENT OF CAPITALIST ACCUMULATION OF THE UBERIZED LABOR
Findings
THE SUBSUMPTION OF THE WORKER FROM THE MANAGEMENT MODEL OF UBER
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