Abstract

A chamada Basilíada, fundada por Basílio Magno antes de 370, é caracterizada como maravilha do mundo por Gregório de Nazianzo. A importância dessa instituição se baseia no fato de ter sido hospedaria, casa para pessoas pobres e hospital no marco da vida monástica. O arquétipo da Basilíada provavelmente deve ser identificado como os monastérios pacomianos no Egito, que ofereciam uma combinação semelhante de várias instituições. O ex-soldado Pacômio pode ter sido influenciado na criação desse novo tipo de convento a partir do leiaute dos acampamentos militares romanos. O valetudinarium desses acampamentos provavelmente serviu de inspiração para os hospitais dos monastérios. Basílio concebia o mundo inteiro como um monastério. Por isso organizou os subúrbios de Cesareia à imagem de um convento. Entretanto, ele não criou novas formas de instituições. A interpretação da Basilíada como maravilha do mundo é compreensível, pois oferecia uma combinação nova de elementos institucionais antigos com a interpretatio christiana da natureza humana. Aos pobres, forasteiros e doentes se oferecia a possibilidade de se encontrar com o próprio Deus na Basilíada.

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