Abstract
Dando continuidade aos esforços de canonização de D. Isabel de Aragão, D. João III obteve do Papa, em 1556, a autorização para alargar o culto da já beata D. Isabel a todo o reino. Solicitou, então, aos responsáveis dos mosteiros portugueses, nomeadamente à abadessa do mosteiro de Santa Clara, a composição de uma biografia da rainha, a partir de documentos existentes nesse mosteiro. Surgiram, então, três biografias, todas inspiradas nos referidos documentos: De Vita et Moribus Beatae Elisabethae Lusitaniae Reginae do padre jesuíta Pedro João Perpinhão; Vida e milagres da gloriosa Raynha sancta Ysabel, molher do catholico Rey dom Dinis sexto de Portugal, editada pelos mordomos da Confraria da Rainha Santa Isabel, e “ Vida da Bemaventurada sancta Isabel Raynha de Portugal”, de Frei Marcos de Lisboa, inclusa na Segunda Parte das suas Chronicas da Ordemdos Frades Menores.
Highlights
As medidas que se tomaram logo após a sua morte, por iniciativa do filho, D
He asked the heads of the monasteries, namely the Santa Clara’s abbess, for a biography of the queen, based on existing documents from Santa Clara monastery
Afonso IV, o autor da Crónica de 14198 e Rui de Pina, reproduziram algumas informações sobre a rainha que nela encontraram, nomeadamente as alusivas a uma vida dedicada à beneficência, ao apoio aos outros, à devoção e à pacificação, bem como aos milagres ocorridos graças à sua intercessão, e acrescentaram outras, respigadas do acervo de documentos oficiais a que teriam acesso como responsáveis pelo Tombo régio, provavelmente até alguns dos registos notariais certificando os milagres, redigidos logo após a morte da rainha
Summary
Na Sexta Parte da Monarquia Lusitana, com o título Relaçam da vida da gloriosa Santa Isabel Rainha de Portugal, em 16726, e foi posteriormente reeditado em 1921 por José Joaquim Nunes, com o próprio título Livro que fala da boa vida que fez a Rainha de Portugal, Dona Isabel, e dos seus boons feitos e milagres em sa vida e depoys da morte; tem sido objecto de vários estudos e é conhecido também por Lenda da Rainha Santa Isabel, designação que adoptaremos neste estudo. Afonso IV, o autor da Crónica de 14198 (provavelmente Fernão Lopes) e Rui de Pina, reproduziram algumas informações sobre a rainha que nela encontraram, nomeadamente as alusivas a uma vida dedicada à beneficência, ao apoio aos outros, à devoção e à pacificação, bem como aos milagres ocorridos graças à sua intercessão, e acrescentaram outras, respigadas do acervo de documentos oficiais a que teriam acesso como responsáveis pelo Tombo régio, provavelmente até alguns dos registos notariais certificando os milagres, redigidos logo após a morte da rainha. Apesar do registo destes acontecimentos, em escrituras públicas, e da redacção da biografia muito pouco tempo depois da sua morte, vivendo
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