Abstract

Os objetivos deste trabalho foram estabelecer in vitro as cultivares de oliveira 'Arbequina' e 'Maria da Fé' e avaliar a influência das tampas com membranas permeáveis a gases na morfogênese in vitro dessas cultivares. Inocularam-se segmentos nodais com gemas previamente descontaminadas pelo protocolo aqui desenvolvido. Utilizaram-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 2³, duas cultivares; dois meios de cultura OM (Olive medium) (OM + 20 µM de zeatina [1]; e OM + 20 µM de zeatina + 10 µM de GA3 [2]); dois tipos de vedação (tampa rígida sem orifício e com membrana porosa) com cinco repetições/ tratamento; e a unidade experimental constituída por quatro tubos de ensaio. Avaliaram-se: a porcentagem de contaminação total; a porcentagem de contaminação fúngica e bacteriana; o número de gemas intumescidas; o número de brotos; e a porcentagem de oxidação. Aos 30 dias de cultivo, constatou-se a contaminação de 15% e 8,8% dos explantes de 'Arbequina' e 'Maria da Fé', respectivamente. Em 'Arbequina', 33,3% e 66,7% ocorreram por contaminação fúngica e bacteriana, respectivamente. Em 'Maria da Fé', 28,6% e 71,4% decorreram de contaminação fúngica e bacteriana, respectivamente. O número de gemas foi superior (p<0,05) em 'Arbequina', comparativamente à 'Maria da Fé', quando se utilizou tampa com membrana porosa para vedar os frascos. Em tampa rígida não houve diferença entre cultivares. O número de brotos no meio 1 foi superior estatisticamente (p<0,05) ao no meio 2. Não houve diferença estatística em porcentagem de oxidação. Sugere-se a utilização do protocolo de desinfestação aqui desenvolvido, como também do meio 1 e tampas com membranas porosas, pois isso favorecerá o desenvolvimento das gemas e a posterior formação de plantas.

Highlights

  • The objectives of this work were to establish cultivars of Olea europaea L., namely ‘Arbequina’ and ‘Maria da Fé’, and to evaluate the influence of gas exchange on in vitro morphogenesis of these cultivars

  • There was no statistical difference for oxidation percentages among treatments

  • Because of the low level of contamination, it is suggested to use the disinfestation protocol developed in this work

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Summary

INTRODUÇÃO

A família Oleaceae é composta por 30 gêneros, destacando-se o gênero Olea L., que consiste de 30 espécies distribuídas pela Europa, Ásia e África (RUGINI, 1995; LOUREIRO et al, 2007). Outro método de produção de mudas que vem sendo bastante utilizado é a propagação in vitro, e, para o estabelecimento da cultura nessas condições, utilizam-se, principalmente, explantes de segmento nodal (RUGINI et al, 2000). A propagação de plantas lenhosas por cultivo in vitro é limitada devido à interferência de contaminantes, por bactérias e fungos; pela oxidação dos explantes, principalmente por compostos fenólicos; baixa multiplicação e crescimento das plântulas; sensibilidade às trocas gasosas; e ao acúmulo de etileno dentro dos frascos de cultivo (RODRIGUES et al, 2011). Dessa forma, o ideal para a propagação in vitro seria manter as mesmas condições ambientais, como os níveis ideais de fluxo de fótons fotossinteticamente ativos, a concentração de CO2 (XIAO et al, 2011), a manutenção das trocas gasosas, entre outros. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi estabelecer duas cultivares de O. europaea (‘Arbequina’ e ‘Maria da Fé’) em condições in vitro, além de avaliar a influência do tipo de vedação na morfogênese in vitro dessas duas cultivares

Local de realização do experimento e material vegetal
Estabelecimento in vitro das cultivares de oliveira
Estimativa do número de trocas gasosas por minuto
Influência do tipo de vedação em tubos de ensaio
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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