Abstract

No Rio de Janeiro do século XIX, na conformação do campo esportivo, em conjunto com brasileiros, houve a importante participação de estrangeiros, notadamente de oriundos do Reino Unido. Pari passu, os anglófonos criaram suas agremiações próprias. As pioneiras foram dedicadas ao críquete, modalidade muito relacionada ao ethos britânico. Na década de 1870, fundaram sociedades dedicadas a promover competições de “esportes atléticos” – provas de corridas, arremessos e saltos, primórdios do atletismo no Brasil. Importa perguntar: essas iniciativas influenciaram o desenvolvimento de hábitos esportivos dos fluminenses? Para responder tal questão, este estudo teve por objetivo discutir as experiências dos clubes atléticos criados na Corte entre os anos de 1873 e 1883, primeiro momento de estruturação da nova prática. Como fontes, foram utilizados periódicos publicados na cidade. Ao fim, percebe-se que se tratou de um processo de trânsito cultural, entendido como uma postura ativa de apropriação e ressignificação de bens e representações.

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