Abstract

Resumo: Apresentamos neste artigo reflexões acerca dos diferentes significados desenvolvidos na sociedade escravista do século XIX, sobre mulheres africanas e suas descendentes, e o convívio cotidiano com a tríplice significação de seus corpos e de suas identidades, posto serem elas produtos, produtoras e reprodutoras da e para a sociedade escravocrata do Rio de Janeiro. Nesse sentido, pequenas margens cotidianas foram importantes para ações, escolhas e agências. No embate cotidiano, aquelas mulheres ressignificaram laços de solidariedade, de amizade e familiares, sob o impacto da violência em seus corpos - física, moral e psicológica -, não sem resistências. Para tanto, mobilizamos as categorias de gênero, raça e escravidão para analisar manuais de médicos e de fazendeiros, inventários post mortem, teses médicas e jornais, ao perscrutarmos o corpo feminino escravizado e as diferentes violências a ele impostas.

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