Abstract
OBJETIVOS: avaliar a prevalência de crianças sem fraldas, a idade de início do treinamento esfincteriano e a expectativa materna em relação à aquisição deste controle numa coorte de nascimentos. MÉTODOS: todas as crianças nascidas em 2004 em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, foram incluídas em um estudo longitudinal. Aos 12 meses, as crianças tiveram seu desenvolvimento avaliado e as mães questionadas sobre o início do treinamento esfincteriano e expectativa em relação à idade da retirada das fraldas. Diferenças entre grupos foram avaliadas através de testes qui-quadrado para heterogeneidade e tendência linear. RESULTADOS: aos 12 meses de idade, 14,7% das mães tinham iniciado o treinamento esfincteriano. Apenas 2,2% receberam orientação pediátrica sobre retirada de fraldas. Os grupos de mães com maior prevalência de início de treinamento aos 12 meses foram as do primeiro quintil econômico, cinco a oito anos de escolaridade, adolescentes e maiores de 40 anos. Dois terços acham que o momento para deixar as fraldas é antes dos 18 meses; 1,3% das crianças estão sem fraldas de dia. CONCLUSÕES: o treinamento esfincteriano começou precocemente em uma parcela significativa destas crianças, sendo desprezível a proporção de mães orientadas pelos pediatras. Informações sobre o momento ideal e métodos adequados de controle esfincteriano devem ser oferecidas às mães, no contexto da puericultura e atenção básica à saúde.
Highlights
Conclusions: toilet training began early in a significant number of children and an insignificant proportion of mothers received guidance from pediatricians on this
Information regarding the ideal time and adequate methods for introducing sphincter control should be offered to mothers during puerperium as part of basic health care
Aos 12 meses, as crianças tiveram seu desenvolvimento avaliado e as mães questionadas sobre o início do treinamento esfincteriano e expectativa em relação à idade da retirada das fraldas
Summary
Nas crianças que já tinham iniciado o treinamento esfincteriano apenas 16,9% tinham quatro ou Indicadores de treinamento esfincteriano de acordo com o nível socioeconômico aos 12 meses de idade, nas 3860* crianças nascidas de parto único pertencentes à coorte de nascimentos 2004.
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