Abstract

O presente trabalho teve por objetivo verificar a influência dos traços de personalidade, especialmente o neuroticismo, nos níveis de ansiedade e agressividade apresentados em grupos contrastados (clínico e não clínico). Contou-se com uma amostra de 113 indivíduos – 49 (43,4%) do sexo masculino e 64 (56,6%) do sexo feminino, com idade variando de 18 a 57 anos (M=25,32; DP= 8,80) –, e foram utilizadas três escalas de medida psicométricas: IGFP-5, STAXI-2 e BAI. A coleta de dados ocorreu em duas universidades públicas federais, nas capitais Maceió e Belo Horizonte (grupo não clínico), e em clínicas-escola e particulares na capital Maceió (grupo clínico). Integraram-se as diferenças individuais (cinco grandes fatores de personalidade) em relação a fatores estatísticos e psicobiológicos, partindo do pressuposto de que os traços de personalidade, por possuírem fatores genéticos em conexão com aspectos ambientais, sobrepõem-se e são responsáveis pela maturação e flexibilidade constante no desenvolvimento da personalidade. Em conclusão, o neuroticismo (IGFP-5) se correlacionou positivamente com a ansiedade (BAI), alguns quesitos da agressividade (Staxi-2) e principalmente, de modo inverso, com o controle de resposta agressiva (agressividade para fora e para dentro, do Staxi-2), o que pode estar relacionado com a incapacidade no controle inibitório.

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