Abstract
Discute-se a rede hídrica do Nordeste, a partir do projeto de transposição do rio São Francisco, com foco na mesorregião sul cearense, mediante a expansão capitalista, demonstrada pela concentração hídrico-fundiária através da territorialização do capital com a atuação do Estado neoliberal e grandes empresas do agronegócio. A metodologia assenta-se em revisão teórica, relacionada a água, terra e território, além da realização de trabalhos de campo mediante realização de entrevistas com empresários do agronegócio e agricultores familiares. Verificou-se as contradições do megaprojeto da rede hídrica do Nordeste e analisou-se as indagações e inquietações existentes em relação à mercantilização dos bens comuns da natureza pelo agronegócio e às políticas públicas hídricas do Estado neoliberal, que estão transformando a água em mercadoria. Observou-se, com a pesquisa, que essa rede hídrica não efetivou mudanças estruturais para a classe trabalhadora do Nordeste, ocasionando injustiça hídrica, acumulação, expansão do capital, territorialização das empresas agrícolas e conflitos socioterritoriais, evidenciando-se as lutas e resistências dos agricultores familiares por terra, água, território e rede hídrica para todos, pois perderam seus bens naturais a partir de ações coordenadas tanto pelo Estado quanto pelo capital.
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