Abstract

Relatam-se dois casos de transplante pulmonar isolado à esquerda, em portadores de fibrose pulmonar, um em paciente do sexo maculino de 50 anos de idade, que se encontra no 8º mês de pós-operatório, livre de complicações, e outro de mulher de 36 anos pesando 45 kg, que recebeu o lobo superior de um doador de 85 kg. Esta manteve, nos três primeiros dias de pós-operatório, boas condições ventilatórias e hemodinâmicas e as radiografias mostraram boa expansão do lobo do doador. Teve quadro provável de rejeição e, a seguir, tamponamento cardíaco inesperado complicado por parada cardíaca, culminando com falência de múltiplos órgãos e óbito no 8º dia. A necropsia revelou integridade das anastomoses e broncopneumonia. Nos dois casos substituiu-se o omento por retalhos pediculados de gordura pericárdica para proteção das anastomoses e, no primeiro caso, empregou-se técnica de telescopagem na anastomose brônquica. Ambos pacientes receberam corticóides desde o início do esquema de imunossupressão, que constou de ciclosporina, prednisona e azatioprina. Concluem os autores que a introdução precoce do corticóide não interferiu na anastomose brônquica em um dos casos e, possivelmente, no outro; a feitura da anastomose brônquica em telescopagem no primeiro caso conferiu bom diâmetro e não mostrou estenose tardia; o enxerto do lobo superior no segundo caso ocupou o hemitórax do receptor e mostrou normalidade funcional até que surgissem complicações cardiovasculares. Sugerem a possibilidade futura do transplante de lobo em pacientes do grupo pediátrico portadores de cardiopatias congênitas com hipertensão pulmonar irreversível, onde a falta de doadores adequados constitui séria limitação.

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