Abstract

As pesquisas na área de história da tradução há muito têm se beneficiado com a análise dos paratextos editoriais, material que também utilizado nas investigações conduzidas por historiadores da ciência. Nessas áreas, o recurso a esses elementos — marcas tanto da materialidade do texto em determinado contexto temporal e espacial quanto da intervenção de autores, tradutores e editores na interpretação das obras — pode revelar características importantes acerca das filiações intelectuais e culturais desses agentes, em particular se for dada atenção à intertextualidade criada. Nesse sentido, voltado mais especificamente para o exame de epígrafes e divisas, este trabalho apresenta discussão feita com base em material constante em páginas de rosto de traduções produzidas no âmbito do Iluminismo luso-brasileiro. Publicadas na virada do século XVIII em Lisboa sob a coordenação do Frei José Mariano da Conceição Veloso, essas obras tinham o propósito de trazer o progresso ao Reino Português por meio da chamada boa e útil ciência. As epígrafes e divisas nelas encontradas são tema relevante igualmente para a história da tradução e para a história das ciências, pois seu exame permite compreensão mais aprofundada de redes culturais determinantes para a disseminação do ideário iluminista em língua portuguesa

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