Abstract

O presente artigo buscou: 1) descrever e comparar: a) a qualidade do vínculo entre o bebê-mãe e bebê-educadora, aos nove e doze meses de vida; b) a percepção do temperamento do bebê pelas mães e educadoras e, 2) correlacionar os indicadores de vinculação com os escores obtidos nas escalas de temperamento. Participaram nove bebês e suas respectivas mães e duas educadoras que responderam a escala de temperamento e foram filmadas individualmente com os respectivos bebês, aos nove e doze meses. Os resultados indicaram a presença de vinculação primária com a mãe e secundária com a educadora, ambas satisfatórias. Não houve correlações entre temperamento e comportamentos interativos na interação mãe-bebê, mas foram observadas entre educadora-bebê. Embora o vínculo mãe-bebê seja mais forte, a qualidade estabelecida com as educadoras sugere que a transição para a educação infantil pode ser positiva.

Highlights

  • Psico, Porto Alegre, v. 51, n. 2, p. 1-12, abr.-jun. 2020 | e-34869 madre-bebé es más fuerte, la calidad establecida con los educadores sugiere que la transición a la educación de la primera infancia puede ser positiva

  • Dentre os fatores de proteção para o desenvolvimento infantil comumente estudados encontram-se o desenvolvimento de uma gestação saudável, o nascimento a termo, boas condições de parto, a responsividade materna, a saúde emocional materna durante a gestação e no pós-parto, a rede de apoio para mãe e o bebê, os ambientes com estimulação adequada e suficiente, assim como a boa vinculação e os processos de interação satisfatórios entre cuidador-bebê que, na maioria das pesquisas, caracteriza-se pela mãe (Chiodelli, 2016; Pereira, Rodrigues, Carvalho, & Chiodelli, 2015)

  • Entretanto, os bebês procuraram mais por suas mães após o episódio não interativo enquanto em contrapartida apresentaram mais comportamentos autorregulatórios com as educadoras

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Summary

Análise de dados

Os dados obtidos foram analisados por meio do software estatístico SPSS (IBM, versão 24). Os vídeos foram analisados quanto à ocorrência de comportamentos de OSP, OSN e AUR a cada cinco segundos, registrados no protocolo, por dois juízes independentes, com análise de concordância 0,836. Primeiramente, apresentam-se os dados descritivos do processo de vinculação observados aos nove meses e a comparação das categorias observadas para os comportamentos dos bebês e suas respectivas mães e educadoras, durante o primeiro e terceiro episódio do FFSF (antes e depois do episódio não interativo). Conforme observa-se na Tabela 1, os bebês apresentaram medianas semelhantes de Orientação Social Positiva (OSP) em interação com a mãe e com a educadora durante os três episódios. Tabela 1 – Comparação entre as categorias do FFSF do bebê por episódio em interação com a mãe e com a educadora

FFSF bebê com a mãe FFSF bebê com a educadora
Escores de Temperamento indicados pela educadora
Findings
Considerações finais
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