Abstract
Molecular markers are tools that allow the monitoring of a breeding program progress. SSR (simple sequence repeats) markers are applied for genetic mapping studies, variability, assisted selection, crossing and backcrossing, because they are codominant, multiallelic and high polymorphic. However, the use of this type of molecular marker is limited, since primers are only available for commercially expressed species. Therefore, this work aimed to evaluate the transferability designed primers of Passiflora alata e Passiflora edulis to four wild species of Passiflora. The species used were: P. cincinnata, P. quadrangularis, P. mucronata and P. nitida. DNA extraction was done through the Promega Wizard® Kit. The amplification protocol used was the one proposed for P. alata and P. edulis with adaptations. Nineteen microsatellites designed for P. edulis and two designed for a genus P. alata were used. The amplicons were taken to horizontal electrophoresis in a 3% agarose gel, followed by staining with Nancy 520 buffer and the revelation was developed in a digital photodocumentator with UV light. The transferability was verified through the evaluation of band presence or absence. The microsatellites loci designed for P. edulis and P. alata were transferable for the examination of at least one species with high variable rate: P. quadrangularis (23.81%), P. cincinnata (33.33%), P. quadrangularis (23.81%), P. mucronata (19.05%) and P. nitida (14.28%). Markers PE13 and PE54 can be selected for molecular characterization studies because they are the only ones able to amplify all the wild passion fruit species tested.
Highlights
A maioria das plantas deste gênero são herbáceas e apresentam hábito de crescimento trepadeiro, sendo poucas as espécies que apresentam aspecto ereto e de caule mais lenhoso
Entre os tipos de marcadores moleculares, os SSR, também denominados de microssatélites, são unidades moleculares curtas de 2 à 6 pares de base repetidas, chamados de tandem
Os SSR são desenvolvidos para amplificação através da técnica de reação em cadeia da polimerase, utilizando primers que contêm, em média, vinte pares de base, normalmente são utilizados para criação de mapas genéticos por apresentarem codominância, alto polimorfismo e serem multialélicos
Summary
O Brasil, considerado a origem e um dos principais centros de diversidade genética do gênero Passiflora, com aproximadamente 146 espécies nativas (Bernacci et al, 2015), destaca-se mundialmente como o principal produtor comercial de maracujá (Faleiro & Junqueira, 2016), com uma produção de 554 mil toneladas de frutas frescas em aproximadamente 41 mil hectares plantados no ano de 2017, de acordo com o IBGE (Brasil, 2017). Além da alta variabilidade genética encontrada no gênero, com mais de setenta espécies produtoras de frutos comestíveis, algumas espécies silvestres mostram um potencial para contribuir com programas de melhoramento genético do maracujazeiro comercial, pois apresentam resistência a doenças e características agronômicas desejáveis, tais como aumento da produtividade, potencial para ornamentação, produção de compostos fármacos, melhoria no vigor vegetativo e reprodutivo, diminuição da autoincompatibilidade, melhoramento das características físicas e químicas dos frutos e maior longevidade (Meletti et al, 2005; Faleiro & Junqueira, 2016; Preisigke et al, 2017). Entretanto, o uso de SSR é limitado, uma vez que para o gênero Passiflora são apenas disponíveis marcadores para as espécies P. pohlii (Pádua, 2004), P. alata (Pádua et al, 2005), P. edulis (Oliveira, 2006), e P. contracta Vitta (Cazé et al, 2012), limitando progressos em estudos, pois o desenvolvimento de novos marcadores microssatélites para espécies silvestres requer onerosos custos de produção e uma longa duração no desenvolvimento (Gimenes et al, 2007). O objetivo deste trabalho foi avaliar a transferibilidade de 21 loci microssatélites das espécies comerciais para quatro espécies silvestres de Passiflora
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