Abstract
O ácaro Brevipalpus phoenicis é uma das principais pragas dos citros por ser vetor do "Citrus Leprosis Virus" (CiLV), agente causal da leprose, uma das mais graves doenças da citricultura. Objetivou-se avaliar o efeito tóxico de produtos à base de abamectina sobre o ácaro B. phoenicis. Foram realizados um experimento de ação direta e três de ação residual no Laboratório de Acarologia do Departamento de Proteção de Plantas (Fitossanidade) da FCAV - UNESP, Jaboticabal-SP. O delineamento adotado nos bioensaios foi o inteiramente casualizado, onde 10 tratamentos foram repetidos 7 vezes, sendo cada repetição composta por um fruto de laranja. Os tratamentos estudados (mL p.c./100 L de água) foram: Acaramik a 20; 30; 40 e 50 mL; Vertimec a 30 e 40 mL; Abamectin Nortox a 30 e 40 mL; Tricofol a 77 mL e uma testemunha sem aplicação. Utilizaram-se frutos com presença de verrugose, que foram lavados e parcialmente parafinados, deixando-se uma área sem parafina, que foi circundada com cola entomológica para contenção dos ácaros. Transferiram-se 20 ácaros adultos B. phoenicis para cada fruto. No bioensaio de ação direta, a transferência foi realizada antes das aplicações e, nos bioensaios de ação residual, aos 5; 10 e 15 dias após a aplicação dos produtos. A aplicação dos produtos sobre os frutos foi realizada em Torre de Potter. Os resultados obtidos nos bioensaios evidenciaram que os melhores tratamentos foram: Tricofol a 77 mL, Acaramik a 40 e 50 mL e Vertimec a 40 mL. De forma geral, os produtos testados podem ser utilizados no controle do ácaro B. phoenicis.
Highlights
The mite Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) is one of the most important pests in Brazil citrus plantation, because it is the virus “Citrus Leprosis Virus” (CiLV) vector, one of the most serious citrus plantation diseases
The purpose of this experiment was to evaluate the toxical effect of abamectin in the mite B. phoenicis
each sample composed by one orange fruit
Summary
Os experimentos foram realizados no laboratório de Acarologia pertencente ao Departamento de Fitossanidade da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, da Universidade Estadual Paulista (FCAV/UNESP), Câmpus de Jaboticabal-SP. Os frutos foram lavados com água corrente, secados à sombra e parcialmente parafinados, deixando-se uma área de aproximadamente 10 cm sem parafina, que foi circundada com cola adesiva (Tree Tanglefoot®) para conter os ácaros. No experimento de ação direta dos produtos sobre o ácaro B. phoenicis, foram transferidos 20 ácaros adultos procedentes da criação-estoque para cada fruto de laranja, com auxílio de pincel de apenas um pelo e microscópio estereoscópico, e na sequência realizaram-se as pulverizações sobre os frutos (Experimento 1). Da mesma forma, nos experimentos de efeito residual, foram transferidos 20 ácaros de B. phoenicis procedentes da criação-estoque para cada fruto. Foram realizadas avaliações de mortalidade 1; 3; 5; 10 e 15 dias após a pulverização dos frutos no experimento de ação direta e 1; 3; 5; 10 e 15 dias após a transferência dos ácaros B. phoenicis nos experimentos de ação residual. A redução real ou a eficiência foi calculada pela fórmula de Abbott (1925), tomando-se por base a população de ácaros vivos de cada tratamento e transformados em porcentagem de mortalidade
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