Abstract

Este estudo tem como principal objetivo analisar as atitudes de 200 estudantes do ensino superior e 200 profissionais, responsáveis pela supervisão de casos e pelas recomendações para a intervenção, em domínios relacionados com os processos de tomada de decisão no sistema de proteção das crianças e jovens, em matérias como o acolhimento familiar e o acolhimento residencial. O estudo adota uma estratégia quantitativa e os dados foram recolhidos em 2014 nas principais regiões do país (Braga, Porto, Coimbra, Lisboa e Faro), com a aplicação do questionário ‘Child Welfare Attitudes Questionnaire’ (Davidson-Arad & Benbenishty, 2008, 2010). Os resultados obtidos permitem concluir que ambos os participantes, profissionais e estudantes, podem ser divididos em dois grupos, um mais favorável à retirada e outro menos favorável à retirada. Em comparação, os profissionais são menos favoráveis à retirada da criança e defendem mais a reunificação do que os estudantes. Não há diferenças estatisticamente significativas entre os participantes no que diz respeito à opinião sobre o papel do acolhimento familiar e do acolhimento residencial, assim como à participação da criança no processo de decisão. No entanto, os profissionais apoiam mais a participação dos pais no processo de decisão do que os estudantes. Finalmente, apresentam-se algumas implicações para a prática.

Highlights

  • Este estudo tem como principal objetivo analisar as atitudes de 200 estudantes do ensino superior e 200 profissionais, responsáveis pela supervisão de casos e pelas recomendações para a intervenção, em domínios relacionados com os processos de tomada de decisão no sistema de proteção das crianças e jovens, em matérias como o acolhimento familiar e o acolhimento residencial

  • Não há diferenças estatisticamente significativas entre os participantes no que diz respeito à opinião sobre o papel do acolhimento familiar e do acolhimento residencial, assim como à participação da criança no processo de decisão

  • Este estudo recorre ao Questionário de Atitudes de Bem-Estar da Criança (Davidson-Arad & Benbenishty, 2008, 2010, 2016), para identificar as atitudes dos participantes sobre: a retirada das crianças em perigo, a reunificação, a participação da criança e da família biológica nos processos de decisão, e a avaliação do acolhimento familiar e do acolhimento residencial ao nível da promoção do desenvolvimento e do bem-estar das crianças

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Summary

Amostra de estudantes

Os 200 estudantes frequentavam o ensino superior: 85 eram finalistas de uma licenciatura, e 115 estavam a frequentar um mestrado. Estes ciclos de estudos estavam enquadrados em áreas científicas relacionadas com a promoção e proteção de crianças e jovens, podendo no futuro estes estudantes candidatar-se a posições no Sistema de Proteção português. A maioria dos estudantes estava enquadrada em cursos nas áreas da Psicologia (30,5%), Educação Social (29%) ou Serviço Social (16,5%). Cerca de 67,5% dos estudantes eram solteiros e apenas 24% tinham filhos. Trabalhavam na área social 38 estudantes, sendo 18 educadores sociais, 14 assistentes sociais e seis psicólogos. 12 relataram ter experiência com crianças e jovens em risco, e cinco estavam a trabalhar para o Instituto de Segurança Social, I.P., na área da infância e juventude. Uma minoria (17,5%) identificava-se como ateia ou não-religiosa, e 5% eram seguidores de outras religiões

Amostra dos profissionais
Média DP
Findings
Profissionais Estudantes t Profissionais Estudantes t
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