Abstract

Proponho a construção de um método epistemológico histórico sob uma perspectiva morfológica. Isso envolve a elaboração de um processo genético racional de conceitualização no qual problemas, temas e conceitos se organizam como expressões históricas crescentemente mais objetivas e determinadas. Tais expressões devem se articular gerando um contínuo de metamorfoses de um conceito ou núcleo conceitual capaz de conferir inteligibilidade a unidades da cultura científica sem restrições de amplitude espacial, temporal e conceitual. A ligação dos componentes morfológico e histórico que proponho se baseia nos resultados obtidos e no método utilizado por Carlo Ginzburg em Mitos, emblemas e sinais, especialmente no ensaio O alto e o baixo: o tema do conhecimento proibido nos séculos XVI e XVII. Após apresentar uma caracterização dos componentes mínimos do método epistemológico histórico, passarei a incorporar-lhe elementos da morfologia histórica de Ginzburg por meio de um diálogo em que procuro perceber como o autor procedeu metodicamente e conceitualmente em sua investigação. Por fim, através do estudo preliminar de um emblema alquímico em que Hermes é a figura central, farei um experimento morfológico de aplicação do referido procedimento ao âmbito da cultura científica da química.

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