Abstract

Este artigo analisa os contextos da criação de duas áreas protegidas localizadas na Serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais (Brasil): Parque Estadual do Rio Preto e Parque Estadual de Serra Negra. O trabalho compara os contextos sociais e naturais do processo de criação das duas áreas protegidas entre os anos de 1986 e 2009. Para tanto, buscamos entender os padrões de uso dos recursos naturais pelas populações locais, relacionando-os com os resultados da dinâmica do uso da terra ao longo do tempo, identificados através do monitoramento com imagens orbitais e através da modelagem ambiental. Quanto à análise do uso do solo, as mudanças na paisagem ao redor do Parque Estadual do Rio Preto corroboraram os levantamentos de campo, que registraram um aumento na percepção da população local sobre os problemas ambientais e na fiscalização após a criação do parque. Nenhuma relação relevante foi encontrada para o Parque Estadual de Serra Negra. A modelagem ambiental do Parque Estadual do Rio Preto registrou um resultado positivo em termos de proteção ambiental, pois uma tendência de degradação dos recursos naturais foi contida após a criação do parque. Para o Parque Estadual de Serra Negra, embora a proteção da área não tenha influenciado as mudanças na paisagem, a dinâmica de uso dos recursos pela população local não degradou o ambiente natural.

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