Abstract

Resumo Este artigo tem por objetivo expor parte do emaranhamento que envolve o modo de habitar de ribeirinhos do Vale do Alto-Médio São Francisco, também chamados barranqueiros, com as águas e entes outros-que-humanos que compõem a paisagem (co)construída às margens do rio. O ponto de partida para descrever criticamente essa socialidade mais-que-humana às margens do Rio São Francisco são as entendências dos habitantes da comunidade de Ribanceira, no município de São Romão, em Minas Gerais, sobre as águas em seus fluxos pluviais e fluviais. Imersos na alternância cíclica entre o tempo das águas e o tempo da seca, que orientam suas atividades de pesca e de roça, os barranqueiros da Ribanceira tem vivenciado fluxos pluviais cada vez menos frequentes e intensos, bem como experimentado o convívio com um rio preocupantemente sem corrida que dá cores às narrativas em tons desalentadores sobre a proximidade da época ou fim dos tempos.

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