Abstract

RESUMO: O artigo discute a relação entre o passado e o presente quanto às transformações culturais e políticas dos anos 1960, em especial do Maio de 1968, analisando o reaparecimento da discussão na Europa em seus 40 anos seguintes. Identifica-se que naquela comemoração de 40 anos houve a presença de um discurso de viragem em relação às comemorações passadas, identificando o afastamento e a recusa política do passado. Partindo da análise das lacunas de memória que podem ser identificadas no movimento estudantil, analisamos as relações sociais que permitiram essa demarcação temporal e sua inserção na memória do tempo presente, além de analisar alguns aspectos do esquecimento que se apresentam na origem dessa recusa. O artigo conclui por apresentar elementos sobre a consubstanciação do olhar de questionamento e desconfiança sobre 1968, o que abriu uma disputa pelo legado político e memorial daqueles movimentos, no contexto dos protestos globais do início da década de 2010.

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