Abstract

Este artigo defende uma nova interpretação da teoria política de Schopenhauer à luz da categoria de conflito. De acordo com a metafísica de Schopenhauer, o conceito de vontade (de vida), que habita todo ser vivo e sempre requer vontade e vida, não pode ser captado pelo lado “representacional”; isso geraria luta, conflito, miséria e tristeza. Esse esquema cindido e conflitante se repete nos temas morais, sociais e políticos do filósofo. Coerente com sua visão metafísica, Schopenhauer teorizou substancialmente a questão sócio-política a partir de uma dupla vertente (maniqueísmo político). Por um lado, tem-se a esfera representacional - política como uma questão institucional (a função regulativa do Estado). Por outro lado, a esfera metafísica ou interna - em que o conflito (como meio) é inevitável e a solidariedade (como meta), sob qualquer forma de agir moral, político e social, representa o único e irremissível princípio moral de tipo prescritivo.

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