Abstract

Resumo Com o advento da covid-19, foi declarado estado de emergência de saúde pública e decretadas medidas de isolamento e distanciamento social para conter a propagação da doença. O Conselho Federal de Psicologia, considerando a importância do acolhimento seguro durante a pandemia, publicou a Resolução CFP nº 4/2020, permitindo que serviços psicológicos aconteçam de maneira remota. O presente estudo visa, através do Método da Cartografia, apresentar a construção de um setting on-line para intervenções grupais e os desafios na oferta de acolhimento e atendimento remoto. Foram ofertados grupos terapêuticos, por meio da plataforma Google Meet, para estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Um diário de bordo foi produzido para acompanhar as forças que atravessavam e constituíam o território e a experiência grupal remota. Compreendemos que o território-espaço-grupal-on-line era composto pelo espaço virtual em que nos reuníamos, pelos espaços individuais de cada integrante e pelas forças que os atravessavam. Observamos que nem sempre os participantes dispunham de um lugar privado, mas estiveram presentes no encontro com câmeras e áudios abertos e/ou fechados e/ou através do chat da videochamada. A participação no grupo funcionou como alternativa no momento de distanciamento social, sendo uma possibilidade para o atendimento psicológico em situações de dificuldade de encontros presenciais; entretanto, se mostrou dificultada em diversos momentos, pela falta de equipamentos adequados e instabilidade na internet, fatores que interferiram nas reuniões e impactaram na possibilidade de falar e escutar o que era desejado.

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