Abstract

RESUMO O presente estudo faz uma análise do processo de expansão das organizações privadas no campo educacional, no período de 2013 a 2021, mediante a materialidade do empréstimo externo firmado entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Prefeitura Municipal de Manaus. As contribuições teórico-metodológicas do materialismo histórico-dialético guiaram o percurso da análise documental e bibliográfica, cujas principais fontes são os documentos oriundos do acordo do empréstimo externo entre o BID e a Prefeitura Municipal de Manaus, contratos efetivados pela Secretaria Municipal de Educação com as organizações privadas hegemônicas, como a Fundação Itaú Social, Fundação Telefônica Vivo e Fundação Bancária La Caixa que se inseriram na formação continuada dos/das professores/as. Observou-se, um movimento hegemônico no campo educativo em que as relações sociais construídas pelo capital se estabelecem, mantêm-se e se reforçam por múltiplos mecanismos de dominação, administrados por organizações privadas hegemônicas na acepção gramsciana, que se inseriram na formação continuada dos/das professores/as. Diante disso, afirma-se que as implicações do sistema de parceria público-privada, influenciam diretamente na política educacional para a educação pública de Manaus, especificamente a formação continuada, que traz no bojo, estratégias mercantilistas moldadas pela subserviência ao capital financeiro, estabelecendo seu terreno lucrativo no âmbito educacional e integrando-se ao processo de mercadorização da formação continuada de professores, que ameaça fortemente o processo da democratização da educação pública.

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