Abstract

O presente artigo é o resultado de uma pesquisa de Historiografia da Tradução que visa apresentar alguns apontamentos historiográficos sobre a publicação e a recepção da tradução em francês de Paraíso Perdido, de Milton, feita por François-René de Chateaubriand, em 1836. Ele propunha realizar uma tradução literal, “palavra por palavra, como um dicionário”, o que demarcaria, na visão de Chateaubriand, uma “revolução na maneira de traduzir”. O estudioso da tradução George Mounin considera essa obra um dos marcos da transformação na maneira francesa de traduzir. Já Antoine Berman a evoca na sua defesa de uma tradução literal na contemporaneidade. A partir do modelo histórico descritivo de Historiografia da Tradução de Brigitte Lépinette, buscamos compreender as noções de autor e tradutor implícitos nos discursos de Chateaubriand e de seus críticos ao se reportarem à obra por ele traduzida.

Highlights

  • This article is the result of a research of Historiography of Translation that aims to present some historiographical notes on the publication and reception of the French translation of Milton’s Paradise Lost by François-René de Chateaubriand in 1836

  • He proposed to carry out a literal translation, “word for word, like a dictionary”, which would delimit, in Chateaubriand’s view, a “revolution in the way of translating”

  • From the descriptive historical model of Historiography of Translation by Brigitte Lépinette, we sought to understand the implicit notions of author and translator in the speeches of Chateaubriand and his critics in referring to the work he translated

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Summary

Chateaubriand nos Estudos de Tradução

Três importantes estudiosos franceses da tradução analisaram o trabalho de Chateaubriand em Paraíso Perdido: Georges Mounin, na obra Les Belles infidèles George Steiner, em sua clássica Depois de Babel e Antoine Berman, em A tradução e a Letra. Chateaubriand foi um dos marcos da mudança do estilo belles infidéles, que buscava ajustar o texto de forma a soar agradável ao leitor francês, para um estilo mais literal, um novo mot à mot [palavra por palavra] que se consolidaria em 1866. A França estava no auge do romantismo e, no que se refere à tradução, havia um grande movimento que desejava romper com a tradução belles infidèles e focar nas “particularidades dos originais” Chateaubriand, segundo Berman, é um autor que compartilha de dois horizontes com Milton: a latinidade e o cristianismo. Os modelos de tradução latina permitiam traduções literais e, por outro lado, uma tradução religiosa deveria ser extremamente fiel (BERMAN, 2013, p. 127-134)

Remarques
Lançamento da tradução do Paraíso Perdido de Milton
Algumas notas de recepção
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