Abstract

O problema dos conjuntos e redes técnicos, tal como singularizado por Gilbert Simondon em seu primeiro livro, constitui uma interessante via de pensamento para uma crítica e para um entendimento das atitudes produtivas, criativas e científicas da contemporaneidade. Nesse artigo, discutimos as linhas gerais desse problema, demons-trando como as noções simondonianas de tecnicidade e acoplamento se afinam com a idéia bergsoniana de uma evolução criadora. As máquinas, abordadas desde o seus mo-dos de existência, não se reduzem à simples listagem de equipamentos mecânicos. Os objetos técnicos desenvolvem em torno de si uma temporalidade singular. Na individua-ção das máquinas, através da qual podemos ver a criação da realidade urbana, com seus parques industriais e indústrias do entretenimento, pode-se atentar para devires que, ga-nhando estruturas materiais e subjetivas para sua expressão, traçam linhas diversas das histórias já apropriadas pelo Homem.

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