Território e sujeito sertanejo: relações de poder e subalternidade no Nordeste brasileiro

Rodrigo José De Góis Queiroz

doi:10.5007/2177-5230.2020v35n76p497

Abstract

Este artigo apresenta reflexões sobre o pensamento decolonial e a perspectiva dos sujeitos subalternos na produção do território. A teoria geográfica, numa leitura relacional, é de fundamental importância para a compreensão da tensão entre as dimensões de dominação e apropriação na produção territorial, ressaltando as relações de poder no âmbito dos conflitos sociais. Damos um enfoque no entendimento dos conflitos políticos no sertão do Nordeste brasileiro, apresentando o ponto de vista dos vencidos em suas lutas sociais. Tencionamos um resgate da memória de luta dos sujeitos sertanejos, destacando suas ações espontâneas e organizadas contra a produção desigual do território em diversas frentes, como a construção da utopia sertaneja na cidade de Canudos.

Highlights

This article presents reflections on decolonial rationality and the perspective of subaltern subjects in the production of the territory
We focus on understanding political conflicts of Brazilian’s Northeast sertão, presenting the point of view of vanquished in their social struggles
Para além da negação da práxis política vivida e experienciada pelos sujeitos sertanejos subalternos, buscamos um resgate da memória e dos fios processuais que compõem a produção social do território no tocante ao ponto de vista dos vencidos

Summary

Introduction

This article presents reflections on decolonial rationality and the perspective of subaltern subjects in the production of the territory. Em termos de Brasil e América Latina, nos aproximamos da leitura decolonial, no qual em sua visão da experiência prática de produção do território alerta para a existência de uma colonialidade do poder, que quer dizer que as relações de colonialidade não findaram com a destruição do colonialismo.

Results

Conclusion